O vento conhece o meu nome

 


Sempre apreciei os livros da Isabel Allende. Posso dizer que é a minha escritora favorita, não só pelos enredos, mas também porque nutro admiração pelo seu percurso de vida. Na verdade, constitui uma inspiração para mim – é saudável para o nosso desenvolvimento, cultivarmos referências positivas.

Ultimamente, tenho tido a oportunidade de partilhar algumas reflexões literárias com a minha amiga Clara, alguém que, como eu, acompanha de perto a evolução da obra da Isabel Allende. Temo-nos emprestado livros e trocamos opiniões sobre as personagens e as suas inusitadas aventuras.


Neste contexto, gostaria de expressar o impacto que o livro mais recente da autora teve na minha pessoa. Começa logo com o título, sugestivo, “O vento conhece o meu nome”, o qual transmite a ideia de movimento e de impermanência. De facto, se pensarmos na função do vento, ele leva e traz; impulsiona a mudança, a dinâmica e a fluidez da vida. Astrologicamente, o elemento ar, que podemos associar ao vento, traduz a abundância de ideias e de pensamentos.

Sem desvendar o conteúdo do romance, pois aconselho o seu mergulho, individual, por inteiro, esta história é composta por várias histórias que se interligam pela temática da migração e das famílias que se separam por força das circunstâncias. Não consegui conter as lágrimas em vários momentos, tendo percebido o quão esta mensagem ressoa em mim.

Sou fruto de tantas histórias de viagens e de distâncias! Pelo meu sangue circula o legado de várias regiões e continentes. Tenho a certeza de que herdei a resiliência dos meus antepassados que travaram inúmeras batalhas longe da terra onde nasceram. A confiança que se constrói a cada passo da jornada, na maior parte das vezes, sem rede de segurança.

Só quem viveu longe de pessoas ou das terras que ama pode assimilar, profundamente, o arrepio da incerteza e a vertigem do desconhecido. Uma dureza que se transforma em superpoder com o passar do tempo.

Hoje percebi que o vento conhece bem o nome da minha família. E sabe de cor o meu…

“Todos nós temos uma reserva de força surpreendente que aparece quando a vida nos coloca diante de alguma prova”

(Isabel Allende)

Texto en Español

El viento conoce mi nombre

Siempre he apreciado los libros de Isabel Allende. Puedo decir que es mi escritora favorita, no solo por sus argumentos, sino también porque admiro su trayectoria. De hecho, es una inspiración para mí - es saludable para nuestro desarrollo, cultivar referencias positivas.

Últimamente, he tenido la oportunidad de compartir algunas reflexiones literarias con mi amiga Clara, alguien que, como yo, sigue de cerca la evolución de la obra de Isabel Allende. Nos hemos prestado libros e intercambiamos opiniones sobre los personajes y sus inusuales aventuras.

En este contexto, quiero expresar el impacto que el último libro de la autora ha tenido en mi persona. Comienza con el título, sugestivo, "El viento conoce mi nombre", el cual transmite la idea de movimiento y de impermanencia. De hecho, si pensamos en la función del viento, lleva y trae; impulsa el cambio, la dinámica y la fluidez de la vida. Astrológicamente, el elemento aire, que podemos asociar al viento, traduce la abundancia de ideas y de pensamientos.

Sin desvelar el contenido de la novela, pues aconsejo su inmersión, individual, por entero, esta historia es compuesta por varias historias que se interconectan por la temática de la migración y de las familias que se separan por fuerza de las circunstancias. No pude contener las lágrimas en varios momentos, habiendo percibido cómo este mensaje resuena en mí.

¡Soy fruto de tantas historias de viajes y de distancias! Por mi sangre circula el legado de varias regiones y continentes. Estoy segura de que heredé la resiliencia de mis antepasados que tuvieron innumerables batallas lejos de la tierra donde nacieron. La confianza que se construye a cada paso del viaje, la mayoría de las veces, sin red de seguridad.

Solo quien haya vivido lejos de las personas que ama o de su tierra puede asimilar, profundamente, el escalofrío de la incertidumbre y el vértigo de lo desconocido. Una dureza que se transforma en superpoder con el paso del tiempo.

Hoy me di cuenta de que el viento conoce bien el nombre de mi familia. Y se sabe de memoria el mío...

"Todos nosotros tenemos una reserva de fuerza sorprendente que aparece cuando la vida nos pone delante de alguna prueba"

(Isabel Allende)

 

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