Não posso controlar (quase) nada, mas posso escolher (quase) tudo!

 

Hoje acordei com esta frase: “Não posso controlar (quase) nada, mas posso escolher (quase) tudo”. A dita chegou até a mim, por entre sono e sonhos, num estado em que se está meio desperto, meio a dormir - um limbo de consciência altamente criativo, se o soubermos aproveitar. No meu caso, tenho recebido vários insights, ao longo dos anos, a partir destes instantes de transição.

Voltando à frase e à mensagem que ressoou em mim. A ideia de controlo constitui uma total ilusão, embora sejamos treinados, na sociedade ocidental, para viver (ou sobreviver) em modo de controlo, de planeamento e de padronização. O controlo, em si mesmo, não deixa de ser uma forma de medo, ansiedade, temor, revestido de uma indumentária de estrutura e previsibilidade. Hoje sei, a partir de leituras e da minha experiência pessoal, que o controlo contrai e é o oposto da fluência e da flexibilidade. Custa compreender que, na realidade, o ser humano não controla a maior parte das coisas, havendo desígnios e interações complemente fora do nosso campo de ação.

Aceitar que não se controla muito (ou nada) é, sem dúvida, um ato de humildade, de entrega e de rendição. Infelizmente, não se chega lá sem uns tropeços, pois este tipo de aprendizagem não se faz através de vídeo-tutoriais do Youtube. É mesmo preciso bater com a cabeça na parede, sofrer uns quantos galos e umas nódoas negras para se começar a ver, com alguma nitidez, o quadro controlo versus escolha, que vai desfilando, constantemente, à nossa frente.

Quando nos abrimos à consciência de que SABER VIVER poderá passar por controlar menos e escolher mais - convém referir que o grau de vislumbre não é estático, variando consoante a fase de evolução e a hora do dia - descobrimos que a navegação é menos turbulenta.  A escolha começa a marcar uma presença mais ativa no nosso caminho.

E podemos (quase) sempre escolher uma atitude ou um posicionamento. É certo que não estão sobre o nosso domínio os contornos das circunstâncias externas, muito menos o discernimento dos outros, mas podemos optar por pensar de outra maneira, julgar menos, empatizar mais. O leque de possibilidades é infinito, mesmo nos cenários mais desafiadores da existência.

A escolha abre o campo da liberdade e do encontro conosco. Confiarmos nisso é o caminho, largando a trela do controlo que teima em se colar à nossa sombra.

…não posso controlar (quase) nada, mas posso escolher (quase) tudo …

 

Texto en Español

No puedo controlar casi nada, pero puedo elegir casi todo!

Hoy me desperté con esta frase: "No puedo controlar (casi) nada, pero puedo elegir (casi) todo". El dicho llegó a mí, entre sueño y sueños, en un estado en el que estamos medio despiertos, medio dormidos - un limbo de conciencia altamente creativo, si sabemos aprovecharlo. En mi caso, he recibido varias ideas, a lo largo de los años, en estos momentos de transición.

Volviendo a la frase y el mensaje que resonó en mí. La idea de control es una total ilusión, aunque en la sociedad occidental estamos entrenados para vivir (o sobrevivir) en modo de control, planificación y estandarización. El control, en sí mismo, no deja de ser una forma de miedo, ansiedad, temor, revestido con una vestimenta de estructura y previsibilidad. Hoy sé, por mis lecturas y mi experiencia personal, que el control se contrae y es lo opuesto a la fluidez y flexibilidad. Cuesta comprender que, en realidad, el ser humano no controla la mayor parte de las cosas, habiendo designios e interacciones totalmente fuera de nuestro campo de acción.

Aceptar que no se controla mucho (o nada) es, sin duda, un acto de humildad, entrega y rendición. Desafortunadamente, no se llega allí sin algunos tropiezos, pues este tipo de aprendizaje no se hace a través de video-tutoriales de Youtube. Es realmente necesario golpear con la cabeza contra la pared, sufrir unos chichones y algunas magulladuras para empezar a ver, con alguna nitidez, el cuadro control versus elección, que va desfilando, constantemente, delante de nosotros.

Cuando nos abrimos a la conciencia de que SABER VIVIR podrá pasar por controlar menos y elegir más - conviene señalar que el grado de vislumbre no es estático, variando según la fase de evolución y la hora del día - descubrimos que la navegación es menos turbulenta. La elección comienza a marcar una presencia más activa en nuestro camino.

Y podemos (casi) siempre elegir una actitud o un posicionamiento. Es cierto que no está sobre nuestro dominio los contornos de las circunstancias externas, mucho menos el discernimiento de los demás, pero podemos optar por pensar de otra manera, juzgar menos, empatizar más. El abanico de posibilidades es infinito, incluso en los escenarios más desafiantes de la existencia.

La elección abre el campo de la libertad y del encuentro con nosotros. Confiar en esto es el camino, dejando la correa del control que se aferra a nuestra sombra.

...no puedo controlar (casi) nada, pero puedo elegir (casi) todo ...

Comentários

Mensagens populares