Cotovelices...

Não sou chegada às quezílias do futebol, mas, há dias, achei graça a uma expressão usada por um dos treinadores de um clube português. Não que me recorde do seu discurso e, muito menos, perceba o contexto - ligo mesmo muito pouco – porém, ficou-me na memória a palavra cotovelice*.

A dor de cotovelo é dos fenómenos mais humanos que existe. Todos nós, já sentimos inveja, ciúmes, desgosto pelo bem alheio, em determinados momentos. Faz parte da nossa existência como pessoas e assumir esse facto não nos transforma em seres abomináveis. Por vezes, a inveja consiste na fatiota que o nosso coração veste quando olha para si mesmo e vê coisas que gostaria que fossem diferentes. É por isso que a vida do outro – mesmo que seja alguém a quem não queiramos mal – pode causar alguma espécie, porque mete o dedo na ferida da nossa própria trajectória. Não deixa de ser um exercício de auto avaliação – se assim o quisermos encarar - mais do que comum e eu própria não tenho problema em assumir que já senti inveja «boa» e, provavelmente, voltarei a sentir, até ao fim dos meus dias.


Não tornando este texto uma proclamação de moral, confesso que, talvez por ingenuidade, sempre me fez confusão, outro tipo de inveja, aquela que não é um estado transitório e natural do ser humano, mas um traço de carácter. Algo que está entranhado na pele e não sai mesmo que a pessoa se banhe em perfume francês. O cheiro de pessoas intrinsecamente invejosas percorre quilómetros e não se consome por mais sorrisos falsos se desenhem no ar. O problema crónico de azia, associado a pessoas pequeninas e mesquinhas, atravessa gerações e faz de nós, seres humanos, uns fracos.

Tão maravilhoso é ter a oportunidade de sentir genuinidade e pureza nas interações. Há algo mais precioso no mundo? Olhar para o lado e desejar verdadeiramente que o outro seja feliz. E quando coisas boas lhe acontecem rirmo-nos fraternamente com ele, batendo palmas com os dedos da empatia. É tão importante elogiar, dizer palavras gentis e agradecer. Parecem coisas do antigamente de livros de romances, mas, hoje em dia, sabe-se que ser feliz dá saúde e ser feliz com e pelo outro, ainda mais. Talvez se as tais pessoas invejosas conseguissem antever o quão libertador pode ser estarmos bem connosco e com o outro e dizer «estiveste bem!»

A sabedoria popular tem muito a dizer sobre isso: - «Para mau olhado, água benta e ruda!». Começo a achar que um bom sorriso dentro da alma e conseguir deitar a cabeça na almofada todas as noites, é o melhor remédio…



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Texto en Español

«Dolor de codo o envidia..»

No estoy por dentro de los episódios de futbol, pero, hace unos días, me dio gracia una expresion que escuche de uno de los entrenadores de un club portugués. No que me recorde bien de su discurso y, mucho menos, percibí el contexto – no entendo nada de futbol - sin embargo, me quedó en la memoria la palabra “cotovelice”.

El dolor de codo es uno de los fenómenos más humanos que existe. Todos los seres, ya sintieron envidia, celos, desgusto por el bien ajeno, en determinados momentos. Hace parte de nuestra existencia como personas y asumir este tipo de hecho no nos transforma en seres abominables. Por veces, la envidia consiste en una vestimenta que nuestro corazon usa cuando mira adentro y no le gusta lo que ve. No deja de ser un ejercicio de autoevaluación – si lo pensamos de esa forma- muy  común y yo no tengo ningun problema en assumir que ya senti envidia «buena« y probablemente volveré a sentir otras veces, hasta el final de mis dias.

No pretendo tornar este texto una proclamación de moral, pero confieso que, quizás por ingenuidad, sempre me cayó mal, otro tipo de envidia, aquella que no es un estado transitorio y natural del ser humano, sino un rasgo de carácter. Algo que está penetrado en la piel y no no sale mismo que la persona se bañe en perfume francés. El olor de personas intrinsecamente envidiosas percorre quilómetros y no se consume por más sonrisas falsas se dibujen en el aire. El problema cronico de acidez, asociado a personas pequeñas y mesquinas, atraviesa generaciones y hace de nosotros, seres humanos, unos pobres de espirito.

Tan maravilloso es la oportunidad de sentir genuinidad y pureza en las conexiones. Hay algo mas precioso en el mundo que mirar al lado y el desear verdaderamente que el outro sea feliz? Y cuando las cosas le salen bien, reirnos fraternamente con el, tocando palmas con los dedos de la empatia. Es tan importante elogiar, decir palabras gentiles y agradecer. Parecen cosas de la antigüedad de los libros de romances, pero, hoy en dia, se sabe que ser feliz genera salud, y ser feliz con y por el otro, todavía más. Quizás esas personas envidiosas pudieran ver lo como es sanador estarmos bien con nosotros mismos y con el otro y poder decir «estubiste bien!»

La sabedoria popular tiene mucho a decir en relacion a esto: - «Para la envidia, agua bendita y ruda!». Comienzo a pensar que una buena sonrisa dentro de la alma y poder acostar la cabeza en la almohada todas las noches, es el mejor remédio ...


Nota: La palabra cotovelice * inspirado em http://www.ojogo.pt/futebol/1a-liga/sporting/noticias/interior/jorge-jesus-eo-caso-palhinha-cotovelito-ea-marca-que-mais-vende -em-portugal-5662004.html

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