PARABENS, HUGO!

Não sei qual foi a meteorologia do dia 07.01.1953, mas desconfio que, nesse dia, o sol tenha iluminado, de forma radiante, as ruas de Buenos Aires:  nasceu um “meta ser humano. Ouvi, da sua boca, centenas de histórias sobre uma infância feliz - rebeldia em modo de partidas infindáveis e, por conseguinte, umas quantas dores de cabeça à sua mãe, pelas vezes que tardava em chegar a casa. Com o avançar da adolescência, a ânsia por liberdade e diversão fizeram dele um bom vivã e um parte corações, embora o trabalho tenha sido, desde cedo, o seu pilar de responsabilidade e compromisso.

Pode parecer arrogante da minha parte, mas o Hugo é uma pessoa extraordinária –  não só pelo facto de ser nosso pai. Com a passagem do tempo, consegui ver além da nossa relação, vislumbrando a sua essência que se torna impactante junto de todos os que tem o privilégio de se cruzarem com ele - longe ou perto, de modo mais ou menos íntimo, ele manifesta o seu carisma. Talvez seja do bigode farfalhudo ou do sotaque característico; desconfio que é aquele brilho no olhar, profundo e vibrante.

Assume uma capacidade incrível de ser feliz, decidindo sê-lo, dia após dia, independente (ou além) das pedras no caminho. E umas quantas teve ele de atravessar no seu percurso, mantendo, sempre, o sorriso -  o que é difícil de concretizar para a maioria dos mortais. A receita consiste no amor que ele tem pela vida e, sobretudo, por ele próprio. Não se trata de egoísmo, mas uma forma (sábia!) de se autoconhecer e de se aceitar como é. A partir daí, é (só) entregar e agradecer.

Uma das suas características mais interessantes é o sentido de humor, ao qual recorre, habilmente, em muitas circunstâncias, seja nos comentários inteligentes no Tweeter ou nas interações da rotina diária. Um exemplo disso foi um episódio recente, relatado pela minha irmã, no contexto de dias de verão de Buenos Aires com temperaturas acima de 30 graus – nem se respira!

A minha irmã chega a casa e encontra o nosso pai, dentro da piscina, boiando em cima de um colchão insuflável. Com uma das mãos, o Hugo manobrava, ritmicamente, uma peneira de apanhar folhas, tipo “kaiak”.

- “Pai, o que estás a fazer?!”

- “Estou a fazer remo!” – responde ele, com a maior naturalidade do mundo, arrancando uma gargalhada descontrolada à sua filha mais nova.

Aquele momento, além de uma oportunidade de risota, representou uma tomada de consciência para a minha irmã – os chamados “instantes mágicos”. Foi ela, também, contagiada pelo tal sentimento de presença e plenitude:

- “Lá está ele, em paz, a viver o presente, acompanhado pela sua imaginação, feito um monge budista em versão citadina e, eu aqui, a vê-lo “remar” numa piscina de plástico de 3X2 J!” 

“Não podes parar as ondas, mas podes aprender a surfar”

                                                                                                   (Jon Kabat-Zinn)

P. S - Não nos cansamos de aprender contigo, querido pai. Parabéns e uma vida muitoooo longa, cheia de saúde, para continuarmos a rir, juntos! 


Texto en Español

¡FELIZ CUMPLE, HUGO! 

No sé cuál fue la meteorología del 01.07.1953, pero sospecho que ese día el sol iluminó las calles de las afueras de Buenos Aires: había nacido un “meta de ser humano”.

Escuché cientos de historias de su boca sobre una infancia feliz: rebeldía en forma de juegos sin fin y, en consecuencia, algunos dolores de cabeza a su madre, por las veces que llegaba tarde a casa. Con el avance de su adolescencia, el anhelo de libertad y diversión, que lo hizo un buen viviente, aunque el trabajo fue, desde temprana edad, su pilar de responsabilidad y compromiso.

Puede parecer arrogante de mi parte, pero Hugo es una persona extraordinaria, no solo porque es nuestro padre. Con el paso del tiempo logré ver más allá de nuestra relación, vislumbrando su esencia que impacta con todos aquellos que tienen el privilegio de conocerlo - lejos o cerca, de manera más o menos íntima, manifiesta su carisma. Quizás sea el susurro del bigote o el acento característico; Sospecho que es ese brillo en los ojos, sincero, profundo, vibrante.

 

Asume una capacidad increíble para ser feliz, decidiendo ser feliz, día tras día, independiente (o más allá) de las piedras del camino. Y algunos los tuvo que cruzar en su camino, siempre manteniendo una sonrisa, lo cual es difícil de lograr para la mayoría de los mortales. La receta consiste en el amor que tiene por la vida y, sobre todo, por sí mismo. No se trata de egoísmo, sino de una forma (¡sabia!) De conocete a ti mismo y aceptarte tal como eres. A partir de ahí, queda (solo) dar y agradecer.

Una de sus características más interesantes es el sentido del humor, que utiliza con destreza en muchas circunstancias, ya sea en comentarios inteligentes en el Tweeter o en las interacciones de la rutina diaria. Un ejemplo de esto fue un episodio reciente, relatado por mi hermana, vivido en el contexto de días de verano con temperaturas superiores a los 30 grados en Buenos Aires, ¡no se puede ni respirar!

Mi hermana llega a casa y encuentra a nuestro padre, en la piscina, flotando sobre un colchón inflable. Con una mano, Hugo maniobraba rítmicamente un colador para recoger hojas en modo "kayak".

- "Papá, ¿qué estás haciendo?"

- "¡Estoy remando!" - responde, con la mayor naturalidad del mundo, provocando una risa descontrolada a su hija menor.

Ese momento, además de una oportunidad para reír, representó una conciencia de mi hermana, los llamados "momentos mágicos". También le contagió la sensación de presencia y plenitud:

- "Ahí está él, en paz, viviendo el presente acompañado de su imaginación, como un monje budista en versión de ciudad y yo aquí, mirándolo remar en una pileta de 3X2!!"

"No puedes detener las olas, pero puedes aprender a surfear"

(Jon Kabat-Zinn)

PS - No nos cansamos de aprender de ti, querido papá. ¡Felicidades y una larguísima vida, llena de salud, para seguir riendo juntos!

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