Os filmes fazem parte da minha vida


O cinema sempre esteve muito presente na nossa família, sendo que as histórias assumiram um lugar de destaque na nossa formação enquanto pessoas - sou do tempo em que se compravam bilhetes com antecedência porque as salas esgotavam! Até hoje, eu, o meu pai e irmã discutimos as séries e os filmes que vamos assistindo – é a nossa cena, uma partilha de reflexões em torno das narrativas que nos inspiram.


Recordo o primeiro filme que vi no grande ecrã, na Argentina, tinha uns 4 anos de idade: o Bambi – hoje penso na ironia de ter sido aquela trama em específico. O primeiro filme da minha irmã, já é Portugal, no cinema 2002, em Aveiro, foi o Caça Fantasmas – a situação seria tão empolgante que a miúda passou o tempo todo em plena rotação pela sala, talvez à procura dos tais fantasmas de que falava o enredo.

Tive o privilégio de ir ver vários filmes com a minha mãe. Ela também gostava de um bom drama - o seu preferido era o Love Story! Recordo, em especial, dois deles, ambos com o meu “querido” Tom Cruise: Missão Impossível e Entrevista com o Vampiro. O último foi tão impactante na minha pessoa de 13 anos de idade - aquela fase parva em que se morre de amores por gente que se conhece através das capas de revistas - que passei a noite seguinte em claro, sonhando com os tais vampiros e com a possibilidade de eu, um dia, vir a ser um deles. Viver eternamente e, de preferência, com o Brad Pitt….

O meu pai tem sido o velho companheiro de cinema, é um dos nossos passatempos favoritos e, quando possível, fazemo-lo juntos - depois falamos, rimos, trocamos ideias. Agora, ele também pertence ao clube dos que se emociona com facilidade numa cena tocante – é tão bom! Em miúda, influenciou-me a ver alguns clássicos como o Música no Coração, o Ben Hur, o E.T. …

Com a minha irmã, assisti, dezenas de vezes, a filmes como a Pequena Sereia ou a Máscara – sabíamos as falas de cor e gostávamos de comer gomas durante o espetáculo, concentradíssimas! Hoje em dia, acho que ela é mais cinéfila do que eu - sou uma miséria franciscana para conseguir ver alguma coisa até ao fim, adormeço logo! Discutimos séries e personagens, trocamos recomendações e críticas, como se dessemos continuidade ao ritual que os nossos pais fizeram questão de nos transmitir de forma entusiástica.

Os filmes fazem parte integrante (e com orgulho!) da minha vida - posso situar muitos deles numa linha cronológica que associo a alguns factos da minha existência. Com eles, dou asas à imaginação e navego no mundo dos sonhos. Tenho a certeza que a minha vida seria muito mais pobre se não me deixasse envolver pela magia da 7ª arte.

“O cinema é um modo divino de contar a vida”
(Frederico Fellini)

Texto en Español


Las películas son parte de mi vida.


El cine siempre ha estado muy presente en nuestra familia, y las historias han ocupado un lugar destacado en nuestra formación como personas. Por cierto, hasta el día de hoy, yo, mi papa y mi hermana, discutimos las series y películas que vemos - un intercambio de reflexiones en torno a las narrativas que nos inspiran.

Recuerdo la primera película que vi en la pantalla grande, todavía en Argentina, cuando tenía como 4 años: Bambi – hoy pienso en la ironía de haber sido esa película específica. La primera película de mi hermana, en Portugal, en el cine 2002, en Aveiro, fue “Cazafantasmas”: la situación sería tan emocionante que la niña se pasaba todo el tiempo en plena rotación por el cine, tal vez buscando esos fantasmas que contaban la historia.

Tuve el privilegio de ir a ver varias películas con mi mama. También le gustaban los buenos dramas: ¡su favorito era Love Story! Recuerdo, en particular, dos de ellos, ambos con mi “querido” Tom Cruise: Misión Imposible y Entrevista con el Vampiro. Esa película tuvo tal impacto en mi persona de 13 años -esa etapa tonta en la que te enamoras de personas que conoces a través de las revistas- que pasé la noche siguiente despierta, soñando con esos vampiros y la posibilidad de algún día convertirme en uno de ellos. Vivir para siempre y preferiblemente con Brad Pitt….

Mi papá ha sido nuestro viejo compañero de películas, es uno de nuestros pasatiempos favoritos y, cuando es posible, lo hacemos juntos; luego hablamos, nos reímos, intercambiamos ideas. Ahora también es una de esas personas que se conmueven fácilmente con una escena conmovedora: ¡es tan bueno! Cuando era chica, me influenció ver algunos clásicos como La novisa rebelde, Ben Hur, E.T. …

Con mi hermana, vi películas como La Sirenita o La Máscara decenas de veces, nos sabíamos las líneas de memoria y nos gustaba comer gomitas durante el espectáculo, ¡muy concentradas! Hoy en día, creo que ella es más cinéfila que yo: soy una miseria para lograr ver cualquier cosa hasta el final, ¡me duermo en seguida! Hablamos de series y personajes, intercambiamos recomendaciones y críticas, como si continuáramos el ritual que nuestros padres nos transmitieron con entusiasmo.

Las películas son una parte integral (¡y orgullosamente!) de mi vida; puedo ubicar muchas de ellas en una línea cronológica que asocio con algunos hechos de mi existencia. Como ellas, doy alas a la imaginación y navego por el mundo de los sueños

“El cine es una forma divina de contar la vida”

(Federico Fellini)

Comentários

Mensagens populares