Já o tenho na mão!


“Já o tenho na mão!” é a expressão, hilariante, que ficará na memória como registo do momento em que vi, pela primeira vez, o livro “Celestices – uma fusão entre memória, essência e emoção” em carne e osso (ou, neste caso, papel e tinta!).

O meu coração parecia não acreditar: ver, no plano físico, a concretização de um sonho antigo. Fez-me pensar na reação da Isabel Allende, escritora consagrada de quem sou fã, quando recebeu, em casa, um exemplar de “A casa dos espíritos”. Ela disse que nunca mais voltou a sentir a emoção de tocar no seu primeiro livro, a sua primeira obra materializada, mesmo tendo publicado dezenas de romances depois disso. 

Fotografia da autoria de Luísa Marques (ICREATE)

A sensibilidade que me caracteriza absorveu todos os instantes do evento da apresentação do livro, de tal modo que precisei de uns dias para “aterrar”. Cada vez mais, sinto a necessidade de regressar a mim, ao contacto com o meu interior, após acontecimentos impactantes ou de interação social. Estou a ficar velha, bicho do mato ou talvez, apenas, mais consciente?! Creio que tenho ganho consciência e conheço-me melhor hoje para integrar as pecinhas do puzzle.

No dia da apresentação do Celestices ao mundo não estive sozinha, nada disso! Fui rodeada de amor, empatia e reconhecimento através da presença de tantas pessoas que se deslocaram a Vila Nova de Poiares para assistir, num modo completamente compenetrado, ao nascer deste fruto da minha alma. Também ao longe, de várias partes do mundo, amigos e familiares vibraram como se estivessem ali. Continuo, dias depois, a receber mensagens de felicitação e agradecimento.

Fotografia da autoria de Luísa Marques (ICREATE)
O melhor de quem escreve é sentir a emoção nos olhos de quem lê/ouve - e eu senti isso de uma forma tão intensa no passado fim-de-semana... Tive oportunidade de validar a certeza de que quero escrever até ao fim dos meus dias - não há nada que sinta como mais natural como a escrita. E prometo que vou continuar a desenhar no meu balão mágico, preenchendo-o de histórias, tal como a imagem da capa do livro.

Por fim, gostaria de partilhar a felicidade que enche o meu peito – parece que vai explodir! – de saber que a Marta foi homenageada de uma forma tão singela, como ela merecia. O mundo ficou a conhecer (mais) um bocadinho da minha mãe e tive a prova da sua energia naquela sala, através do brilho nos olhares e da sincronia dos batimentos cardíacos, ao serem lidos os meus textos em voz alta.

Obrigada!

“Os cientistas dizem que somos feitos de átomos, mas um passarinho contou-me que somos feitos de histórias.”
(Eduardo Galeano)


Texto en Español
¡Ya lo tengo en la mano!

"¡Ya lo tengo en la mano!" es la expresión, hilarante, que quedará en la memoria como registro del momento en que vi, por primera vez, el libro "Celestices - una fusión entre memoria, esencia y emoción" en carne y hueso (o, en este caso, papel y tinta!).

Mi corazón parecía no creerlo: ver, en el plano físico, la realización de un sueño antiguo. Me hizo pensar en la reacción de Isabel Allende, escritora consagrada de quien soy fan, cuando recibió en casa un ejemplar de "La casa de los espíritus". Ella dijo que nunca más volvió a sentir la emoción de tocar en su primer libro, su primera obra materializada, a pesar de haber publicado decenas de novelas después de eso.

La sensibilidad que me caracteriza absorbió todos los instantes del evento de la presentación del libro, de tal modo que necesité unos días para "aterrizar". Cada vez siento más la necesidad de volver a mí, al contacto con mi interior, después de acontecimientos impactantes o de interacción social. Me estoy haciendo vieja, bicho del bosque o tal vez, solo, más consciente?! Creo que estoy tomando conciencia y me conozco mejor hoy para integrar las piezas del rompecabezas.

¡El día de la presentación de los Celestices al mundo no estuve sola, nada de eso! Fui rodeada de amor, empatía y reconocimiento a través de la presencia de tantas personas que se desplazaron a Vila Nova de Poiares para asistir, en un modo completamente compenetrado, al nacer de este fruto de mi alma. También a lo lejos, de varias partes del mundo, amigos y familiares vibraron como si estuvieran allí. Días después sigo recibiendo mensajes de felicitación y agradecimiento.

Lo mejor de quien escribe es sentir la emoción en los ojos de quien lee/oye - y yo lo sentí de una forma tan intensa el pasado fin de semana. Tuve la oportunidad de validar la certeza de que quiero escribir hasta el final de mis días - no hay nada que sienta como más natural como la escritura. Y prometo que seguiré dibujando en mi globo mágico, llenándolo de historias, como la imagen de la portada del libro.

Por último, me gustaría compartir la felicidad que llena mi pecho - parece que va a explotar! - saber que Marta fue homenajeada de una manera tan bonita como ella merecía. El mundo conocío (más) un poco a mi mamá y tuve la prueba de su energía en aquella sala, a través del brillo en las miradas y de la sincronía de los latidos cardíacos, cuando fueron leídos mis textos en voz alta.

Gracias!

"Los científicos dicen que estamos hechos de átomos, pero un pajarito me dijo que estamos hechos de historias."

(Eduardo Galeano)

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