Aqueles que passam por nós…
Há uma frase célebre do livro “O Principezinho” de Antoine de Saint-Exupéry que eu aprecio imenso: “Aqueles que passam por nós não vão sós, deixam um pouco de si e levam um pouco de nós”. Acredito que estamos todos ligados através de um elo invisível, sendo influenciados, reciprocamente, a todo o instante. Desde que descobri esta frase, há muitos anos, ela tem-me possibilitado, ainda que sempre dentro da ideia de conexão referida, diferentes perspetivas sobre a passagem dos outros pela minha vida e vice-versa. Uma delas tem a ver com o inevitável confronto que vamos tendo, ao longo do tempo, com a morte de pessoas ao nosso redor. Reconhecer o marco das pessoas que já faleceram na nossa existência constitui um consolo na hora de apaziguar o sofrimento e, de certo modo, um salto na consciência do nosso percurso. Ultimamente tenho refletido sobre outra perspetiva de interpretação da dita frase do “Principezinho”. O volver dos anos tem-me revelado que vamos perdendo pessoas, não só p...