Como o caranguejo…
O caranguejo, sensível ao desconhecido, esconde-se na retaguarda dos calhaus, tornando-se difícil distinguir a sua forma, já que alberga uma vestimenta do mesmo tom do entorno que escolheu para habitar. Nem sei bem qual será a dita cor, talvez um castanho acinzentado… por vezes, muito escuro, quando a água do mar o salpica, num vai e vem, rítmico. E é assim que o animal passa a sua existência, tomando a maresia como uma cúmplice, fiel ao gosto salgado que lhe penetra a carapaça. Encontro identificação nas características deste bicho que dizem ser o símbolo do signo do Zodíaco, Caranguejo , numa estreita ligação ao mundo aquático. De todos os elementos da Natureza, a água consiste na minha maior fonte de inspiração para ser, simplesmente, eu. Confesso que me é difícil explicá-lo por palavras, trata-se de uma sensação que emerge, naturalmente, através da minha pele e me conduz a um estado de serenidade, seja qual for a circunstância. Há algo em mim que me empurra até ao banho...